Antipoemagnético
Releitura lírica
Agora é tarde.
Busquei a maturidade
na face de anjo,
nos olhos onde
aventuras viraram orvalho.
Frutas sem textura,
colhidas antes do tempo,
foram rasas em toda idade.
Das sementes,
restaram espinhos e silêncio.
A esperança, ceifada
pelos confins da eternidade,
deixou no peito
o veneno da serpente
e o malho eterno do ferro,
que bate e vibra —
berro insano,
eco de um coração em ruínas.

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