sexta-feira, 29 de agosto de 2025

 



Estou me sentido bem. I feel good. Minha percepção de fundo capta o canto dos quero queros nos verdes campos do pampa, mas ela ainda está lá naquela absurda venda suja de bebados e drogados, fumando um cigarro com um copo de café na mão. Seus cabelos negros constratam com sua pele extremamente alva. Um rosto de ninfeta que se mantém intacto ao avançar do tempo e suas aventuras amorosas. Há um reacendimento hormonal na matéria, ignição nos sentidos, no pensar, mas, também, há barreiras de pedras intransponiveis no renascer do jorro de vida, contudo - I feel good. Precisaria de um entralaçamento quântico, uma magia oculta na escuridão improvavel de um cupido originário da Grécia antiga. Imploro a Afrodite (Αφροδίτη) que atenda minhas preces pagãs & aos compurcados desejos libidos que emergem do ser primário. Nada funciona quando você opta pela solidão de um quarto escuro, existencialista ouvindo tristes melodias. As garrafas de vinhos formam um exercito abatido, derrotado - a rendição é incondicional, iminente, mas há esperanças - enquanto houver vida, mesmo ouvindo estes chavões que acompanham a existência e todos corolarios não demonstrados de auto-ajuda & do Positivismo Comtiano. I feel good. A lua atingiu seu auge, a paisagem noturna é contemplada, venus brilha no ceruleo primaveril - planetas e satelites e sua orbitas ingenuas flutuam no esço-tempo, enquanto aves noturnas espreitam serpentes e animais inocentes na mãe terra. Homens chamam amor o desejo carnil, o vinho servido nos banquetes de Calígula. O cristianismo "venceu" e implantou o amor platonico que é a anti-existência, a evisceração no último grau. A sociedade capitalista cínica criou o slogan: deus, patria e familia, mas nos escaninhos do homem de bem impera a orgia, a luz da ferrugem corrupta, o imã dos desejos improprios... I feel good...




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