terça-feira, 9 de dezembro de 2025

 

Paisagens, landescape, paraísos artificiais, saudades em pedaços rolando no espaço-tempo de Einstein — mosaicos da memória na existência, nas paisagens perdidas de um livro de Proust, apodrecido pela umidade e devorado pelas traças, num quarto escuro existencial ao som de Juliete Grécoe botelhas de vinhos vazias preenchendo o vazio existencial...


 



A vida transcende os fótons que bombardeiam os objetos da realidade, que em si mesmos são dúvida. A quântica nos diz que a realidade — antes de ser observada — é apenas probabilidades. Assim caminha a humanidade, num planeta tão frágil quanto nossa maior explicação do que somos e para que existimos.

Sabedor, como Sócrates, de que nada sabemos — ou melhor, de que a inteligência chegou a essa sentença —, mas que foi descartada por Aristóteles e Descartes. Séculos depois, ergueu-se uma falácia: da dúvida chegar à certeza, e dessa certeza construir uma filosofia das nuvens, a prova de Deus e a matemática da cruz. Você humano está absolvido de sua vida mesquinha e sem sentido, só carrega o peso de ter nascisdo - assim setenciou algum personagem da mitologia grega...




X e Y — abscissa e ordenada — como Pilatos lavando as mãos, reconstruindo o mundo de Platão, o mundo das ideias. Livrou Barrabas da cruz e nos condenou em pleno século xxl acreditar em deuses e sobrenaturais, mesmo depois de Espinosa: A natureza é deus e deus é a natureza...

Estamos tão perdidos quanto as teorias, quanto a explanação do universo, quanto ao que realmente existe.

O girassol, ao rebentar, tem consciência do fluxo do sol, mas já prestes a se extinguir, aponta para onde o sol nasce. A humanidade não tem certeza de nada, a não ser do proprio indeterminismo que lhe é peculiar....





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