sábado, 16 de agosto de 2025

 




O mundo amanheceu cinza, plumbeo e sem nenhuma esperança. As lajes e o asfalto estavam molhados pela cerração persistente & pela umidade do clima do sul no extremo sul do Brasil. Os pulmões pareciam estar encharcados, respirei, pensei para construir uma forma de resistência, de transcedência da depressão intermitente e do clima sempre adverso. Versos de Songs of Innocence and Experience, William Blake, levaram-me a beber maviosamente vinho, pensando em Baudellaire & eu consumindo ópio, tomando o suco fermentado das videiras - mentalmente... Fagocitei o desanimo e o transformei em energia para enfrentar  mais um dia (antropofagismo). Colando os pedaços da existência - levava os segundos, as horas, o dia. Os dedos pressionavam as teclas como uma forma de escapar do esplin...


"Em que profundezas ou céus distantes

Queimou o fogo dos teus olhos?

Com que asas ele ousa aspirar?

O que a mão ousa pegar no fogo?" - William Blake

Mergulhei em fossas abismais nos setes mares a procura de perolas incomuns, extraordinárias, porém encontrei a tirania de vossos deuses, de vossas almas manipuladas & manipuladoras... 
A que pressões atmosfericas, temperaturas e supraluxions tenho que enfrentar para ser um homem comum, um ser manipulado que aceita deus, status quo, familia.  Na verdade, fui forjado a ferro & fogo - temperaturas, pressões y gravidade, desde que saimos das estrelas de carbono. Meu genesis é o big bang, minha existência é a incoerência que distoa da ciência. Minha matemática é a respiração pausada depois de um porre homerico, realmente, eu sobrevivo a cada segundo nos multiversos, deedilhando as cordas da teoria....



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