As Máquinas Capitalistas,
Deus Mercado,
Senhor Deus dos Desgraçados
Homens autômatos, tontos como baratas borrifadas de inseticida são fantoches do manipulador deus mercado. Drágeas, comprimidos, cápsulas de todas as matizes e todas funções são engolidas com líquidos edulcorados, corantificados, quimificados - sugados de latas de cores flamejantes. O sistema humano precisa girar - o movimento do planeta não é suficiente. Os rios secam nas planícies e os mares ganham volume pelo degelo. O paraíso se tornou inferno. As manchetes das corporações midiáticas sorriem com tanta desgraça. Sangue jorrando & contaminado, poluição, devastação, estiagens, mortes, mudança climática & dor são amortizados pela alienação. Antibióticos, corticoides e feiticeiros diplomados e outras artificialidades da ciência não conseguem vencer a magia primária. Que sina, o antes símio agora homos sapiens foi obrigado pelo destino percorrer o "progresso" das elites. Manipulado pelas quatros forças do universo, o bípede inventa teorias para justificar o mito do livre-arbítrio e assim justificar o sangue derramado para defender seus títulos de propriedade. Um vazio para o universo - uma inflação de ego para a humanidade. A única maneira de lidar com o homem de bem com justeza é com cinismo acido, ou melhor, o cinismo do cinismo: - A zombaria...
Em cada homem a religião ocidental colocou uma cruz, em cada comportamento animal-humano a ciência inventa uma psicologia, a cada dúvida a vanguarda cientifica coloca o infinito. Como é terrível ver os homens no fundo do abismo de suas engenharias politicas-sociais-econômicas. Ver a babel codificada dando esperança que o pré-determinado possa ser transformado. Os sistemas tendem para a autodestruição, a humanidade é um sistema, um jogo de dados do que chamamos universo. O acaso pré-determinado é a causa que atormenta o sonho de liberdade, mas os grilhões são perpétuos na finidade humana.
Como é atual Castro Alves, mas estendido a todos os homens:
Senhor Deus dos desgraçados
Dizei-me vós
Senhor Deus
Nenhum comentário:
Postar um comentário